Desenvolvimento de pasta cremosa vegetal à base de amêndoa de baru, castanha-do-brasil e cacau

Main Article Content

Katiuchia Pereira Takeuchi
Larissa Martins Ferreira
Isabelly de Campos Carvalho Cabassa
Daniele Lima Silva
Sílvia Regina de Lima Reis
Mariana Buranelo Egea

Resumo

Nozes, castanhas e amêndoas apresentam composição nutricional rica em proteínas e lipídios, além de componentes bioativos com potencial antioxidante, podendo auxiliar na prevenção de doenças crônicas como as cardiovasculares. No Brasil, as amêndoas de baru e castanhas-do-Brasil vem do agroextrativismo sustentável e são fontes de renda para as comunidades locais dos biomas onde elas são nativas. Objetivou-se com este trabalho apresentar a produção de pasta vegetal cremosa à base de amêndoa de baru, castanha-do-Brasil e cacau em pó, visando agregar valor aos coprodutos e a conveniência de um alimento pronto para consumo, nutritivo e saudável. A produção da pasta cremosa consiste na trituração da amêndoa de baru e castanha-do-Brasil, de forma a obter uma pasta homogênea, seguida da adição de mel, lecitina de girassol e cacau em pó. Prossegue-se a homogeneização até obter uma mistura cremosa e estável, com aparência semelhante ao doce de leite cremoso. Em seguida, a mistura é envasada em recipientes de vidro âmbar ou de polietileno escuro. A pasta vegetal cremosa pode ser armazenada sob refrigeração por no máximo 30 dias para garantia da qualidade microbiológica, por não conter conservantes adicionados. Apresentou-se a tabela de Informações nutricionais da pasta cremosa e as informações de rotulagem exigidas pela legislação brasileira. Dessa forma, espera-se que este trabalho possa ser utilizado como forma de transferência de tecnologia para fundamentar os cuidados para a produção e comercialização de pastas cremosas à base de amêndoas, castanhas e sementes oleaginosas por empreendedores que desejam fornecer alimentos nutritivos, para consumidores que buscam saudabilidade e bem-estar.


 

Downloads

Não há dados estatísticos.

Article Details

Como Citar
Takeuchi, K. P., Ferreira, L. M., Cabassa, I. de C. C., Silva, D. L., Lima Reis, S. R. de, & Egea, M. B. (2021). Desenvolvimento de pasta cremosa vegetal à base de amêndoa de baru, castanha-do-brasil e cacau. Revista Brasileira Multidisciplinar, 24(2), 146-155. https://doi.org/10.25061/2527-2675/ReBraM/2021.v24i2.1085
Seção
Artigos Originais
Biografia do Autor

Katiuchia Pereira Takeuchi, Universidade Federal de Mato Grosso - UFMT, Departamento de Alimentos e Nutrição, Faculdade de Nutrição

Graduação em Engenharia de Alimentos (2000), Mestrado (2003) e Doutorado (2008) em Engenharia de Alimentos, obtidos pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Pós-doutorado em Tecnologia de Alimentos (2018) na área de Tecnologias Emergentes no Processamento de Alimentos sob supervisão do Prof. Dr. Marcelo Cristianini. Docente Associada II na Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) da graduação em Ciência e Tecnologia de Alimentos. Docente e orientadora do Mestrado Profissional no Programa de Pós-graduação em Tecnologia de Alimentos do Instituto Federal Goiano (IF Goiano) - Campus Rio Verde-GO. Atuou como docente da Universidade Estadual de Maringá (UEM) no curso de Tecnologia em Alimentos no Campus Regional de Umuarama-PR. Atuou como docente da Universidade Federal de Goiás (UFG) do curso de Engenharia de Alimentos. Atuou como Docente e orientadora de Mestrado Acadêmico do Programa de Pós-graduação em Ciência e Tecnologia de Alimentos da UFG. Editora Associada da Revista Inova Ciência & Tecnologia / Innovative Science & Technology Journal (ISSN: 2447-598X digital; ISSN: 2447-492 impressa) na seção de Ciência e Tecnologia de Alimentos. Tem experiência na área de Ciência e Tecnologia de Alimentos, com ênfase em Engenharia de Processos, atuando principalmente nos seguintes temas: alimentos à base de vegetais, extrato vegetal hidrossolúvel, propriedades reológicas, gelificação de macromoléculas, proteínas de origem vegetal e animal e ensino de engenharia.         

Larissa Martins Ferreira, IF Goiano, Campus Rio Verde, Rodovia Sul Goiana, km 01, Zona Rural, Rio Verde/GO

Graduanda em Engenharia de Alimentos       

Isabelly de Campos Carvalho Cabassa, IF Goiano, Campus Rio Verde, Rodovia Sul Goiana, km 01, Zona Rural, Rio Verde/GO

Graduanda em Engenharia de Alimentos      

Daniele Lima Silva, IF Goiano, Campus Rio Verde, Rodovia Sul Goiana, km 01, Zona Rural, Rio Verde/GO

Mestre em Tecnologia de Alimentos, Engenheira de Alimentos     

Sílvia Regina de Lima Reis, Faculdade de Nutrição, Universidade Federal de Mato Grosso - Campus Cuiabá, Cuiabá/MT – Brasil

Doutoranda em Ciências da Saúde, Mestre em Ciências da Saúde, Professora Assistente da Faculdade de Nutrição    

Mariana Buranelo Egea, Professora efetiva do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Goiano, Campus Rio Verde, Rio Verde/GO – Brasil

   

Referências

ANDRADE, N. J.; MACEDO, J. A. B. Higienização na Indústria de Alimentos. S. Paulo: Livraria Varela Ltda, 1996, 182p.

BARBOSA, L; MADI, L.; TOLEDO, M. A.; REGO, R. A. As tendências da alimentação. Brasil Food Trends 2020. Federação das Indústrias do Estado de São Paulo. FIESP. ITAL. São Paulo, 2010.

BARREIROS, A. L. B. S.; DAVID, J. M.; DAVID, J. P. Estresse oxidativo: relação entre geração de espécies reativas e defesa do organismo. Química Nova, [s.l.], v. 29, n. 1, p.113-123, fev. 2006.

BOTEZELLI, L., DAVIDE, A. C.; MALAVASI, M. M. Characteristics of fruits and seeds of four provenances of Dipteryx alata Vog. Cerne, 6, 9-18, 2000.

BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Dispõe sobre os requisitos para rotulagem obrigatória dos principais alimentos que causam alergias alimentares. RDC nº 26 de 2 de julho de 2015. Brasília: ANVISA, 2015. Publicado no Diário Oficial da União – DOU, nº 125, de 3 de julho de 2015. Disponível em: < http://portal.anvisa.gov.br/legislacao#/visualizar/29371>. Acesso em: 27 jul. 2020.

BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Regulamento técnico para fixação de identidade e qualidade de alimento com soja. RDC nº 91 de 18 de outubro de 2000. Brasília: ANVISA, 2000. Publicada no Diário Oficial da União – DOU, nº 203-E, de 20 de outubro de 2000. Disponível em: < http://portal.anvisa.gov.br/legislacao#/visualizar/26590 >. Acesso em: 29 jul. 2020.

BRASIL. ANVISA. Agência Nacional de Vigilância Sanitária (2005). Resolução RDC n° 272 de setembro de 22, 2005. Regulamento técnico para produtos de vegetais, produtos de frutas e cogumelos comestíveis. Disponível em: < http://portal.anvisa.gov.br/legislacao#/visualizar/27633>. Acesso em: 29 jul. 2020.

BRASIL. ANVISA. Agência Nacional de Vigilância Sanitária (2005). Resolução RDC n° 269 de 23 de setembro de 2005. Regulamento Técnico sobre a ingestão diária recomendada (IDR) de proteína, vitaminas e minerais. Disponível em: < http://portal.anvisa.gov.br/legislacao#/visualizar/27628 >. Acesso em: 29 jul. 2020.

COLPO, E; VILANOVA C.D.A; REETZ L.G.B et al. A Single Consumption of High Amounts of the Brazil Nuts Improves Lipid Profile of Healthy Volunteers. Journal of Nutrition and Metabolism, v.2013; p.1-7, 2013.

COSTA, T.; JORGE, N. Compostos bioativos benéficos presentes em castanhas e nozes. UNOPAR Científica. Ciências Biológicas e da Saúde, v. 13, n. 3, p. 195-203, 2011.

D’EL-REI, J.; MEDEIROS, F. Chocolate e os benefícios cardiovasculares. Revista Hospital Universitário Pedro Ernesto, Rio de Janeiro, RJ, v. 10, n. 3, p. 54-59, set. 2011. Disponível em: https://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/revistahupe/article/view/8864/6747. Acesso em: 23 jul. 2020.

FREITAS-SILVA, O.; VENÂNCIO, A. Brazil nuts: Benefits and risks associated with contamination by fungi and mycotoxins. Food Research International, v. 44, n. 5, p. 1434–1440, 1 jun. 2011. Disponível em: <https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0963996911001499>. Acesso em: 29 dez. 2018.

GUASCH-FERRÉ, M. et al. Nut Consumption and Risk of Cardiovascular Disease. Journal of the American College of Cardiology, v. 70, n. 20, p. 2519–2532, 14 nov. 2017. Disponível em: < https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0735109717398224 >. Acesso em: 28 dez. 2018.

LI, T. Y; BRENNAN, A. M; WEDICK, N.M.; MANTZOROS, C.; RIFAI, N.; B. HU, F. B. Regular Consumption of Nuts Is Associated with a Lower Risk of Cardiovascular Disease in Women with Type 2 Diabetes. The Journal of Nutrition, v129, p 1333-1338, 2009.

LIMA, J. R. Orientação para elaboração de pasta de amêndoa de castanha de caju. Comunicado Técnico, Fortaleza: EMPRAPA, 2006.

MACHADO, R. L. P.; DUTRA, A. S.; PINTO, M. S. V. Boas Práticas de Fabricação (BPF). Rio de Janeiro: Embrapa Agroindústria de Alimentos, 2015. 20 p.

MULLER, C. H. et al. Coleção plantar: Castanha-do-Brasil. EMBRAPA série vermelha fruteiras, 63 p., 1995.

OLIVEIRA, V. P.; ESPESCHIT, A. C. R.; PELUZIO, M. C. G. Flavonoides Ee Doenças Cardiovasculares: Ação Antioxidante. Revista Médica de Minas Gerais, Viçosa, Mg, v. 16, n. 4, p. 234-238, dez. 2006. Disponível em: < http://rmmg.org/artigo/detalhes/580 >. Acesso em: 23 jul. 2020.

SANO, S. M.; RIBEIRO, J. F.; BRITO, M. A. de. B.: Biologia e uso do baru: Embrapa, 2004. 52 p.

TABELA BRASILEIRA DE COMPOSIÇÃO DE ALIMENTOS (TBCA). Universidade de São Paulo (USP). Food Research Center (FoRC). Versão 7.1. São Paulo, 2020. Disponível em: <http://www.fcf.usp.br/tbca>. Acesso em: 02 de jul. de 2020.